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26 Jun 2025

| diretor: Porfírio Silva

EDIÇÃO DIGITAL DIÁRIA DO ÓRGÃO OFICIAL INFORMATIVO DO PARTIDO SOCIALISTA

Alexandra Tavares de Moura
Relações laborais são centrais nas prioridades políticas para não haver empobrecimento do país
AUTOR

Catarina Correia

DATA

26.05.2021

FOTOGRAFIA

Jorge Ferreira

Relações laborais são centrais nas prioridades políticas para não haver empobrecimento do país

O Livro Verde sobre o futuro do trabalho “traz-nos certeza, estabilidade e previsibilidade”, frisou, no Parlamento, a deputada do PS Alexandra Tavares de Moura, que deixou claro que não se trata do “Livro Verde sobre o teletrabalho”, mas sim “sobre o futuro das relações no trabalho”, colocando as relações laborais no centro das prioridades políticas.

 

Alexandra Tavares de Moura, que falava na terça-feira durante a audição pública, organizada pela Comissão de Trabalho e Segurança Social, sobre o Livro Verde para o futuro do trabalho, considerou que o documento tem “algumas linhas e algumas diretivas que para nós são importantes”, como a “garantia da dignidade e da qualidade do trabalho no mercado com regras claras e inclusivas como prioridade”.

Também a “necessidade clara de regular novas formas de trabalho” é importante, quer seja “o trabalho à distância, quer o teletrabalho, quer o trabalho misto, quer o trabalho nas plataformas digitais”. A socialista salientou a “adequação do sistema da proteção social às novas formas de trabalho e da sua organização, o repensar da formação profissional num quadro de negociação com os parceiros sociais, com especial atenção para a melhoria das competências digitais, o reforço, por exemplo, os poderes da ACT, como foi recentemente anunciado, com mais 50 inspetores, e a importância tantas vezes falada da construção de uma sociedade mais equilibrada, mais saudável, garantindo a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar, bem como um adequado tratamento nas velhas e novas questões da igualdade e da não discriminação”.

A deputada do PS deixou depois claro que “o Livro Verde não é o Livro Verde sobre o teletrabalho, é o Livro Verde sobre o futuro das relações no trabalho e este coloca na agenda política – e é uma garantia que este Livro Verde nos traz – que as relações laborais são absolutamente centrais nas prioridades políticas como fator que catapulta não só a economia, mas que garante que não há empobrecimento do país”.

“Da parte do Partido Socialista, defender emprego, preservar rendimentos e valorizar salários é o eixo fundamental das políticas públicas, que permite, naturalmente, não empobrecer o país”, destacou a parlamentar.

 

PS vai continuar a desenvolver agenda do trabalho digno

Já na fase de encerramento da audição pública, o deputado do PS Nuno Sá mostrou satisfação por se verificar “a comparação do Livro Verde com as melhores práticas e documentos semelhantes apresentados por países desenvolvidos que seguem o mesmo modelo continental de um Estado de bem-estar social”.

E deixou uma garantia: “O Partido Socialista vai continuar a desenvolver a agenda do trabalho digno e, para prosseguir com esta agenda, é essencial o enquadramento das novas formas de trabalho”.

Nuno Sá evidenciou “o caminho escolhido pelo Governo de diálogo social, de abertura à sociedade para que as respostas às necessidades de alterações na legislação e regulação laboral sejam encontradas na dinâmica deste processo de forma a garantir eficácia às próprias medidas e promover a coesão social”. Por isso, apelou a que “todos contribuam para este processo e que ninguém se autoexclua”.

Depois da audição de hoje, Nuno Sá notou “que existem leituras e interpretações diferentes do Livro Verde na definição de prioridades e das perspetivas de abordagem às alterações legislativas. Mas isso é bom, porque no confronto destas visões certamente que resultará o enriquecimento da capacidade de resposta aos desafios do horizonte laboral”.

“Aliás, ficou hoje bem claro que o Livro Verde não é o fim, mas o início para o patamar da concertação social e, posteriormente, da decisão política das medidas e legislação laboral que quisermos”, acrescentou.

 

 

 

AUTOR

Catarina Correia

DATA

26.05.2021

Capa Edição Papel
 
EDIÇÃO Nº1420
Março 2025