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24 Abr 2024

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António Costa acolhe diálogo interpartidário como “positivo” para o país
Trajetória de estabilidade e confiança sairá reforçada com consensos em matérias estruturais
AUTOR

Rui Solano de Almeida

DATA

20.02.2018

FOTOGRAFIA

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Trajetória de estabilidade e confiança sairá reforçada com consensos em matérias estruturais

É “positiva a disponibilidade” que o PSD, agora liderado por Rui Rio, anunciou para o “diálogo interpartidário” tendo em vista a procura de consensos sobre reformas para o país, afirmou o primeiro-ministro que aproveitou para frisar que a haver este diálogo ele terá de incluir também o BE, PCP e PEV.

 

Falando ontem à saída de uma iniciativa relacionada com a Web Summit, que teve lugar em Lisboa, no Teatro Thália, na véspera de receber na residência oficial, em São Bento, o novo líder do PSD, António Costa mostrou-se agradado com a disponibilidade manifestada por Rui Rio de abertura ao diálogo interpartidário, lembrando, contudo, o primeiro-ministro, a este propósito, que a atual solução governativa implica, contudo, que a haver esse diálogo ele terá de incluir também bloquistas, comunistas e verdes.

Para António Costa, esta nova postura do maior partido da oposição assume um caráter muito “positivo para o país” porque pode permitir, como referiu, a procura de consensos sobre um conjunto de dossiês, destacando nomeadamente a “Estratégia Portugal pós 2020”, a questão da descentralização ou ainda as opções de investimento público e ainda a utilização dos quadros comunitários de apoio até 2030.

António Costa recusou, contudo, quaisquer reformas que “impliquem cortes na Segurança Social”, designadamente, como frisou, “indexar os valores das pensões de reforma ao desempenho da economia”, garantindo que o atual sistema da Segurança Social “é sustentável”, tendo em 2018, como exemplificou, chegado mesmo à autossuficiência em virtude do crescimento do emprego e da economia”.

Para o que o Governo e o PS não estão disponíveis, garantiu António Costa, é para concordar com as “receitas da anterior direção” do PSD, de cortes nas pensões em pagamento ou em privatizações, mantendo, contudo, a postura e a disponibilidade para ouvir as “novas ideias” que a recente eleita liderança do PSD tenha para apresentar.  

A este propósito, António Costa salientou que um dos “fatores fundamentais de confiança” que este Governo devolveu à sociedade portuguesa foi estabelecer a regra, segundo a qual, quem vive da pensão e do salário sabe que o montante da sua pensão ou do seu salário a pagamento “são sagrados e não podem ser cortados”.  

O primeiro-ministro fez questão ainda de frisar que a atual solução governativa “está encontrada” e tem “provado bem”, sustentando que o objetivo, perante esta realidade, “é prosseguir com a trajetória de estabilidade política que temos tido ao longo destes dois anos e concluir a legislatura”.

É essencial, ainda segundo António Costa, que não se confunda o que são “opções de Governo” com aquilo que são domínios ou dossiês onde é aconselhável que haja acordos políticos “o mais alargados possível”, o que implica, neste particular, como salientou, o “eventual envolvimento da oposição”.

 

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024