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18 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

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António Costa no distrito de Vila Real
Estratégia de desenvolvimento requer mais inovação e valorização do território

Estratégia de desenvolvimento requer mais inovação e valorização do território

A inovação e a valorização do território estão de “mãos dadas” com a descentralização para a concretização da estratégia de desenvolvimento a médio prazo do interior do país, afirmou em Vila Real o primeiro-ministro, durante uma deslocação que hoje efetuou a este distrito do norte de Portugal.

 

Durante a visita que realizou esta manhã à fábrica Kathrein Automotive, no distrito de Vila Real, que produz antenas para automóveis e que exporta cerca de 98% da sua produção, onde trabalham 430 pessoas, e ao Centro de Excelência da Vinha e do Vinho, instalado no Parque de Ciência e Tecnologia, Regia Douro Park, o primeiro-ministro considerou a “inovação e o conhecimento” peças fundamentais para o desenvolvimento das regiões do interior, sustentando que a inovação não pode ser só vista na perspetiva da “economia digital ou aeroespacial”, mas que o conceito deve ser também alargado e estendido aos sectores tradicionais da economia portuguesa.

Com o sector agrícola e a produção de vinho a assumirem no distrito de Vila Real e na região do Douro o protagonismo de serem as duas mais importantes áreas económicas, António Costa defendeu que a aplicação do conhecimento tem hoje para esta região a mesma “importância estratégica” que tinha no século passado o “trabalho braçal” que permitiu transformar as encostas do vale do Douro nos “terraços onde florescem os vinhos do Porto e do Douro”.

Hoje, continuou o primeiro-ministro, já não é o trabalho braçal que deve imperar, mas a “aplicação do conhecimento” que vai permitir fazer “essa segunda revolução no vale do Douro” e desenvolver o vinho e a vinha, um ‘cluster’, como sublinhou, que não só tem impacto na viticultura, mas também nas restantes áreas económicas, desde logo, na “atividade turística”.

Para António Costa, o caminho que Portugal tem de prosseguir é “fazer melhor o que já fazemos bem”, e se a inovação tem de continuar a ser a chave do desenvolvimento, então o que Portugal precisa de fazer é “investir na inovação” e reafirmar a descentralização como um objetivo prioritário.

 

Devolver as regiões aos municípios

Na opinião do primeiro-ministro, só com a “devolução das regiões aos municípios” é possível dotar o país com agentes locais com capacidade para fazer a articulação entre os centros de excelência de produção de conhecimento, as universidades, os politécnicos e os empresários e o “território que lhes cabe gerir”, reconhecendo que esta equação “pode ser feita à distância”, mas que “certamente é feita sempre de uma forma pior”.

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024