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24 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

EDIÇÃO DIGITAL DIÁRIA DO ÓRGÃO OFICIAL INFORMATIVO DO PARTIDO SOCIALISTA

António Costa em Faro
A educação tem que ser de novo uma paixão deste país
AUTOR

Rui Solano de Almeida

DATA

18.09.2015

FOTOGRAFIA

Paulo Henriques

A educação tem que ser de novo uma paixão deste país

No comício que o PS realizou ontem em Faro, António Costa acusou o primeiro-ministro de ter traído os portugueses com promessas que não cumpriu e a coligação de não ter uma única ideia nova a propor para o futuro do país.

 

Depois de recordar que não chegou à política há dois dias, o líder do PS defendeu que “um político sério” a única coisa que verdadeiramente deve acumular ao longo da sua atividade política é a sua credibilidade, sendo esta, como garantiu, o seu único património. 

António Costa lembrou depois os “constrangimentos” que a coligação impôs à vida dos portugueses, reafirmando que a verdadeira troica está na coligação que governou o país, e que só terminará a sua presença “com uma mudança deste Governo”.

Acusou Passos Coelho e Paulo Portas de terem ido com as suas políticas neoliberais “muito além da troica”, impondo sacrifícios “que não eram necessários”, às famílias e às empresas.

Reafirmou a aposta e defesa do Serviço Nacional de Saúde, da educação e da escola pública, da Segurança Social pública e do emprego de qualidade, entre outras matérias, garantindo que vão voltar a ser uma “paixão” dos socialistas na governação.

“É hora de voltarmos a dizer, como dissemos há 20 anos, que a educação tem que ser de novo uma paixão deste país”, sustentando que uma das grandes causas da próxima legislatura deve ser o combate ao insucesso e ao abandono escolar, defendendo que o ensino pré-escolar deve ser alargado às crianças a partir dos três anos, porque quanto mais cedo as crianças iniciarem o seu período escolar, justificou, “mais garantias haverá de maior sucesso escolar”.

 

A escola não serve para excluir mas para incluir

Para António Costa, ao contrário do pensa e tem posto em prática este Governo, a escola não deve servir para selecionar os excelentes e excluir os demais. A escola para o PS, reafirmou o Secretário-geral socialista, serve para “incluir todos”, reafirmando o que vem defendendo há muito, que deve ser dada maior atenção nas escolas às crianças com necessidades educativas especiais.

Por outro lado, na perspetiva do Partido Socialista, disse ainda António Costa, os currículos “não devem ser apenas enriquecidos com o inglês, mas apostando igualmente no ensino artístico”, aspeto que classificou como “fundamental” para a criatividade e o desenvolvimento integral das crianças.

Acusou o Governo de direita de ter, com o maior dos despudores, mandado os jovens emigrarem, uma atitude que para o Secretário-geral do PS está a ter efeitos altamente prejudiciais quer ao nível da qualidade do ensino superior, quer na ciência e na cultura, com consequências trágicas para o futuro do país. 

O líder socialista defendeu ainda ser necessário “fiscalizar e punir quem abusa dos recibos verdes” como forma de combater a precariedade laboral, destacando que o que este Governo de direita tem para oferecer aos jovens, são “estágios sobre estágios, recibos verdes sobre recibos verdes e contratos a prazo sobre contratos a prazo”.

AUTOR

Rui Solano de Almeida

DATA

18.09.2015

Capa Edição Papel
 
EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024