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27 Mar 2024

| diretor: Porfírio Silva

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Parlamento
PS apela a consenso político para evitar tragédias dos incêndios

PS apela a consenso político para evitar tragédias dos incêndios

O deputado do PS José Miguel Medeiros defendeu hoje, durante o debate no Parlamento sobre o relatório da Comissão Técnica Independente (CTI) que analisou os incêndios de outubro, que é necessário “consenso para dar sustentabilidade política efetiva às recomendações” da CTI e para garantir que tragédias como as de 2017 não se repetirão.

 

“Os incêndios que fizeram de 2017 um ano trágico para Portugal têm sido abordados desta tribuna de maneiras muito diversas. Umas vezes com espírito construtivo e crítico, no sentido de corrigir problemas que têm décadas, outras vezes têm sido abordados numa lógica de arma de arremesso político, infelizmente aquela que mais temos ouvido hoje nesta sessão”, lamentou.

Segundo o socialista, este é o “tempo certo para que todos os partidos representados nesta Câmara se juntem à sociedade civil, às autarquias, ao Governo e ao Presidente da República num amplo consenso”, pondo de lado as lamentáveis tentativas de capitalizar politicamente os trágicos acontecimentos.

Para o Grupo Parlamentar do Partido Socialista, o relatório é inequívoco em relação ao que tem de ser feito no imediato: “Dar prioridade à prevenção, melhorar o alerta, qualificar o socorro e a proteção de pessoas e bens, e reforçar e qualificar ainda mais o combate”.

“Mas o relatório também diz, com igual clareza e importância, que não podemos ignorar que o paradigma mudou e que, portanto, são precisas mudanças verdadeiramente estruturais, algumas delas já em curso desde outubro”, frisou o deputado.

José Miguel Medeiros aproveitou ainda o debate para congratular o Governo por ter demonstrado “uma total abertura para acolher todas as recomendações da Comissão e do Parlamento”.

 

Relatório contraria tese da direita

No encerramento do debate, o deputado socialista Fernando Rocha Andrade também criticou os partidos da oposição que têm uma única ideia fixa: culpar “integralmente e exclusivamente” este Governo pela tragédia dos incêndios.

O parlamentar do PS sublinhou que o argumento mais usado por PSD e CDS – a suposta ausência de reforço de meios de combate – foi contrariado por este relatório, que refere que “as simulações sugerem que uma disponibilidade mais alargada desses meios não teria tido impacto no desenrolar dos acontecimentos”.

“Que mais é necessário para compreendermos que a prevenção é a questão fundamental”, questionou Rocha Andrade, dirigindo-se às bancadas da direita.

“A verdadeira responsabilidade política que se espera de um Governo é que tome as medidas adequadas a impedir a repetição dessa tragédia. E é o que está a ser feito”, garantiu.

 

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024