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18 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

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Obras de Vieira da Silva
António Costa realça investimento público na Cultura

António Costa realça investimento público na Cultura

O Estado português resgatou, por 5,5 milhões de euros, seis obras da pintora Maria Helena Vieira da Silva que pertenciam a um colecionador particular e que estão expostas no Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, em Lisboa.

 

Numa cerimónia que teve lugar no sábado, no Museu da Praça das Amoreiras, na capital, o primeiro-ministro lembrou que a aquisição pelo Estado de seis obras da pintora Maria Helena Vieira da Silva representa, por um lado, um sinal da importância que o Governo português dá à Cultura e à “valorização do património cultural nacional”, e, por outro lado, como adiantou, “marca também o resgate de um país que, depois de ter sido resgatado, está a comprar aquilo que é seu”.

Para António Costa, é importante que se perceba, quer as consequências, quer o alcance das recentes análises positivas que as agências de ‘rating’ têm vindo a fazer sobre a economia e as finanças portuguesas ou o entendimento que está subjacente à recente decisão da Comissão Europeia que retirou Portugal do Procedimento por Défice Excessivo, para se entender melhor a razão por que Portugal tem agora melhores condições para poder “voltar a comprar aquilo que é uma marca intemporal da sua cultura”.

Poder adquirir a pronto seis quadros de um dos expoentes maiores das artes plásticas portuguesas do século XX, que estavam numa coleção de um particular, “evitando o pagamento de juros e anulando os riscos de os quadros se poderem vir a perder”, realçou António Costa, não foi uma tarefa fácil, só possível graças ao “esforço desenvolvido pelas Finanças” e em especial, como realçou, ao “trabalho do secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo”.

Um desfecho positivo que, na opinião do primeiro-ministro, resultou do trabalho global que o Governo está a desenvolver no sentido de melhorar o equilíbrio das finanças públicas, ponto fundamental, segundo António Costa para, a partir daí, “conseguirmos construir o país que queremos, com um melhor Serviço Nacional de Saúde e com uma melhor escola pública”, mas também com “melhores infraestruturas e novos investimentos públicos na área da cultura”.

As seis pinturas de artista portuguesa, adquiridas pelo Estado, “Novembre” de 1958, “La Mer”, de 1961, “Au fur et à mesure”, de 1965, “L’Esplanade”, de 1967, “New Amsterdam I” e “NewAmsterdam II”, de 1970, já se encontravam expostas no Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, defendendo António Costa que é “fundamental que a obra de Vieira da Silva esteja aberta ao público e fruída por todos”, por que é assim, como assinalou ainda, que se “reforça a cidadania”, salientando que esta aquisição por parte do Estado representa também “um ato de homenagem à Fundação e à própria pintora”.

Na ocasião, o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, depois de garantir que as obras ficarão expostas definitivamente no Museu da Fundação, referiu que as mesmas não deixarão contudo de ser apresentadas “nos próximos meses” em diversos pontos do país, regozijando-se o titular da pasta da Cultura com o facto de o Estado ter adquirido estes quadros, garantindo que o Governo está “atento e nunca deixará de intervir na defesa dos interesses do país e na preservação destes tesouros no território nacional, assegurando a todos a sua plena fruição”.

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024