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27 Mar 2024

| diretor: Porfírio Silva

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Saúde
Governo quer visão estratégica para responder aos desafios do envelhecimento
AUTOR

Partido Socialista

DATA

25.01.2018

FOTOGRAFIA

jorge ferreira

Governo quer visão estratégica para responder aos desafios do envelhecimento

Para obter um retrato realista do que tem sido a Saúde em Portugal na última década, incluindo dados comparativos, o Governo socialista vai realizar um encontro onde serão apresentados “todos os indicadores de desempenho” do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A notícia foi avançada pelo ministro da tutela, no Parlamento.

 

Segundo adiantou aos jornalistas Adalberto Campos Fernandes, o Executivo fará o “retrato da Saúde em Portugal” já no dia 10 de abril, repetindo anualmente esta avaliação do SNS enquanto se mantiver em funções.

À margem da comissão parlamentar sobre Saúde, o ministro indicou que deste retrato constará também o Relatório da Primavera do Observatório Português dos Sistemas de Saúde.

Para já, o responsável considerou crucial colocar o envelhecimento da população no centro do debate da Lei de Bases da Saúde, uma vez que este acarreta problemas e acrescenta desafios para o SNS.

E afirmou que o Executivo liderado por António Costa quer uma lei de bases que prepare o país “pelo menos para a próxima década”, apontando caminhos para organizar e responder à “transição demográfica”.

 

Desafio vai além do financiamento

Campos Fernandes enfatizou, assim, que o debate sobre a Lei de Bases da Saúde não se esgota em “mais hospitais, mais urgências e mais profissionais”, deixando claro que o quadro legislativo em vigor está “efetivamente desajustado e datado”, pelo que se torna fundamental fazer um debate em que o envelhecimento seja uma prioridade e possa ser criada “uma visão estratégica” para o binómio saúde e segurança social.

No que diz respeito à questão das parcerias público-privadas, defendeu ser necessário integrar a discussão da lei de bases, de forma a que se debatam os diferentes modelos de governação.

“Os hospitais geridos em regime de PPP integram o SNS, não são corpos estranhos que estão fora do sistema público”, referiu, defendendo ainda ser “impossível conceber que um Estado como o português” conseguirá responder às necessidades dos cidadãos “usando apenas recursos estritamente públicos” e abdicando, por exemplo, da colaboração nomeadamente com o setor social.

 

ADSE aperta “malha de escrutínio”

Por outro lado, o ministro da Saúde considerou que as negociações das novas tabelas da ADSE, o subsistema de saúde dos funcionários do Estado, servem para tentar garantir que o dinheiro dos seus beneficiários é bem utilizado.

“A ADSE está a apertar a malha de escrutínio e a garantir que o dinheiro dos beneficiários não é mal utilizado”, afirmou, indicando ter a informação de que o diálogo entre a ADSE e os hospitais privados está “a decorrer bem”, sendo de esperar que se alcance o acordo em breve.

AUTOR

Partido Socialista

DATA

25.01.2018

Capa Edição Papel
 
EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024