1492

26 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

EDIÇÃO DIGITAL DIÁRIA DO ÓRGÃO OFICIAL INFORMATIVO DO PARTIDO SOCIALISTA

Debate quinzenal
PSD não aprendeu nem esqueceu nada
AUTOR

Catarina Correia

DATA

06.10.2017

FOTOGRAFIA

Jorge Ferreira

PSD não aprendeu nem esqueceu nada

“Neste primeiro debate desta sessão legislativa, começo saudando todos os partidos parlamentares por reafirmarem o compromisso do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, um compromisso de apoio ao Governo no cumprimento do seu programa”, declarou hoje o líder parlamentar do PS durante o debate quinzenal com a presença do primeiro-ministro, no Parlamento.

 

Carlos César não deixou de saudar todos os autarcas eleitos no passado domingo, dia 1 de outubro, sublinhando que “os resultados das eleições autárquicas conferiram ao PS uma impressionante vitória com mais votos, mais percentagem, mais presidência de órgãos autárquicos e mais mandatos”.

“Foi o melhor resultado de sempre do Partido Socialista. O PS sozinho teve mais votos do que toda a direita. O PSD teve o seu pior resultado de sempre. Aliás, a intervenção do líder parlamentar do PSD ainda hoje explica muitas das razões que deram lugar a essa votação deprimente do PSD no país”, atacou o presidente do PS. E citou Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord, político e diplomata francês ,na hora da abdicação de Napoleão, para explicar ao atual momento social-democrata: “Eles não aprenderam nada, eles não esqueceram nada”.

Para o presidente da bancada do PS, estas eleições autárquicas têm uma leitura: “A derrota da direita ‘Passadista’ e a aprovação do desempenho do Governo liderado pelo Partido Socialista”.

Carlos César lembrou, ainda, que “o CDS sozinho teve menos percentagem, menos votos e menos mandatos do que teve nas últimas eleições autárquicas”. Por outro lado, “a esquerda no seu conjunto teve quase mais um milhão de votos do que a direita coligada”, congratulou-se.

Compromissos parlamentares para manter

Carlos César explicou que os compromissos se mantêm e assentam na “continuidade do diálogo construtivo com os partidos de esquerda”, no “diálogo construtivo com o deputado em representação do PAN” e, ainda, num “compromisso de disponibilidade para a concertação política com os partidos da oposição, designadamente quando estiverem em causa matérias relevantes que aconselhem a sua adesão em função do interesse nacional”.

“Com todos queremos trabalhar e queremos fazê-lo mesmo com os que, por incompreensão, teimosia ou despeito, umas vezes desencorajando os portugueses em Portugal, outras vezes prejudicando Portugal no exterior, faltaram frequentemente à chamada do seu país e resistem sempre à reparação que era devida aos portugueses depois do tempo de prejuízo e de injustiça da governação CDS/PSD”, evidenciou.

O também presidente do PS defendeu que um dos grandes desafios do Executivo é “colocar as políticas de habitação na ordem de prioridades, apesar de já termos conseguido ao longo destes últimos anos, depois do período de intensa degradação com o Governo CDS/PSD, progressos importantes para as famílias portuguesas”.

No entanto, Carlos César garantiu que o partido sabe que “há ainda muitas famílias em situações habitacionais insuficientes ou precárias”. Precisamente por haver muito trabalho e correções a fazer, o líder parlamentar do PS defende que “este deve ser um desígnio do Governo do Partido Socialista nesta legislatura”.

AUTOR

Catarina Correia

DATA

06.10.2017

Capa Edição Papel
 
EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024