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23 Abr 2024

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Mar
Portugal vai investir 15 milhões no Observatório do Atlântico
AUTOR

Rui Solano de Almeida

DATA

06.10.2017

FOTOGRAFIA

DR

Portugal vai investir 15 milhões no Observatório do Atlântico

O Estado português vai investir, até 2021, cerca de 15 milhões de euros nos Açores com a construção do futuro Observatório do Atlântico. A garantia foi ontem dada pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, numa conferência na ilha de Malta.

 

Participando na conferência “Our Ocean”, organizada pela União Europeia, encontro centrado no anúncio por países e instituições de compromissos efetivos de proteção e utilização sustentável dos oceanos, Ana Paula Vitorino lembrou que Portugal ao se propor avançar com a construção do Observatório do Atlântico, que terá a sua base nos Açores, está também pelo seu lado a contribuir para a criação de um centro de conhecimento que terá uma “rede de partilha de dados”.

Garantindo que uma das premissas, que o Executivo português assume com a criação de um centro de conhecimento sobre o oceano profundo, é que a investigação ali produzida se “torne sistemática e de âmbito internacional”, produzindo regulamentação, nomeadamente, para a aplicação efetiva da convenção internacional sobre águas de lastro, destinada ao “controlo de poluição e da introdução de espécies invasoras que viajem nos porões dos navios”.

A assunção deste e de outros princípios por parte de Portugal já valeu o interesse de vários países em querem participar nos futuros trabalhos do Observatório do Atlântico, salientou a ministra do Mar, dando o exemplo de países como o Canadá, a Noruega, a China e de alguns países lusófonos.

Os cerca de 15 milhões de euros que serão investidos nesta infraestrutura, onde Portugal pretende promover a investigação do oceano profundo, e “gerar conhecimento sobre o que existe, mas também sobre os impactos negativos”, como lembrou a ministra do Mar, serão essencialmente gastos em equipamentos para o observatório, nomeadamente para o “processamento de dados”, existindo já, como anunciou a governante, recursos como “navios e veículos submarinos operados remotamente”.

 

Duplicar as zonas marinhas protegidas

Portugal está ainda “particularmente interessado” no aproveitamento de “recursos biológicos”, designadamente em relação aos “novos compostos úteis para a medicina”, referiu ainda Ana Paula Vitorino, reconhecendo que neste particular “há ainda um grande trabalho de investigação a fazer”, não deixando contudo de reiterar que o objetivo de Portugal é integrar o conjunto de países que subscrevem o objetivo da ONU que estabeleceu como objetivo global que até 2020 as áreas marinhas protegidas representem 10% da superfície dos oceanos.

A este propósito ministra Ana Paula Vitorino acrescentou ainda que o objetivo de Portugal é duplicar até 2020 para 14% a área de zonas marinhas protegidas.

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024