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26 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

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Opinião

AUTOR

Eduardo Cabrita

DATA

20.05.2015

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O Sprint Fatal

Há governantes que tudo fazem nos últimos momentos para deixar a sua marca para  a posteridade . O atual Governo está numa delirante corrida contra o tempo para tornar irreversíveis decisões controversas que destroem ativos estratégicos orgulhando-se de impedir que seja dada voz à vontade democrática dos portugueses.

 

A redução de impostos ou a reposição de salários podem aguardar até 2019 e a limitação do esbulho pelo fisco por dívidas menores ou a perda da casa de morada da família por dívidas menores têm de ser maduramente ponderadas.

Mas a nomeação de dirigentes à pressa com mandatos de 5 anos não pode esperar acompanhada de uma escandalosa  proposta de última hora para dar à CRESAP o poder para definir o perfil dos futuros dirigentes.

Mas quando se trata de tornar irreversíveis decisões desastrosas para a autonomia econômica do País a sofreguidão supera todos os limites.

Este Governo de direita ficará na memória pela forma como deixou desbaratar a CIMPOR ou liquidar a PT já em processo de desmembramento.Por outro lado não se conhece um exemplo de novo investimento estrangeiro relevante nos últimos anos.

O que está a ser feito com a privatização da TAP e concessão dos transportes de Lisboa e do Porto contra a posição do PS e ignorando as autarquias é o culminar de uma obsessão de fechar contratos ignorando o interesse público e pretendendo tornar irreversíveis operações que dividem os portugueses.

A concessão dos transportes do Porto à empresa pública de Barcelona foi já declarada ilegal pela Comissão Europeia mas o Governo decidiu avançar . As autarquias de Lisboa contestam a legalidade da concessão dos transportes mas o extremista Monteiro diz que não pode parar para pensar.

Finalmente na TAP a propaganda oficial orgulha-se de ser capaz de até se necessário dar a TAP à borla em 15 dias a quem estiver disposto a ficar com as dívidas e aturar os pilotos. As reservas políticas do PS,a legalidade contratual e já agora a opinião dos portugueses que irão votar dentro de poucos meses nada importam. Porque como diz Pires de Lima com o seu esgar de arrogância “nós sabemos fazer as coisas...”

 

AUTOR

Eduardo Cabrita

DATA

20.05.2015

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024