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24 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

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Opinião

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Simões Ilharco

DATA

21.06.2017

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CONFIANÇA E ESTABILIDADE

Os socialistas têm redobradas razões para encarar o futuro com otimismo e tranquilidade. Estão no limiar da maioria absoluta. A mais recente sondagem da Aximage dá quase 44 por cento ao PS contra menos de 25 por cento ao PSD. Na confiança para primeiro-ministro, a diferença é, ainda, substancialmente maior. Costa tem 69,1 e Passos apenas 22,2. Os números falam por si. A primeira grande ilação a extrair desta sondagem, óbvia, aliás, é que os portugueses confiam e acreditam no PS, e no PSD não! Na avaliação dos líderes partidários, Passos está em último lugar, o que corrobora a minha afirmação anterior. O líder do PSD e o seu partido desacreditaram-se aos olhos dos portugueses, sobretudo porque Costa e o PS souberam ganhar a confiança destes. O primeiro-ministro cumpriu o que prometeu.  Diz, até, que, para ele, palavra dada é palavra honrada! As promessas deixaram de cair em saco roto. A política credibilizou-se.

As pessoas têm mais rendimento disponível, por força da politica de devolução, ex-libris do acordo de esquerda. As forças que o integram têm, na sondagem, sensivelmente, os mesmos 62 por cento, que tiveram nas últimas legislativas. A erosão do poder não se tem feito sentir. É um sinal claro de que se está no caminho certo. Vive-se hoje melhor. Os resultados económicos do país são, também, francamente bons. Schauble já diz que o resgaste português é uma história de sucesso e Mário Centeno fica com as portas do Eurogrupo abertas. A agência de rating Fitch melhorou a perspetiva de Portugal. Os portugueses ganharam confiança, não só em Costa e no PS, mas também no país. A autoestima subiu bastante. Os resultados da sondagem explicam-se, ainda, pelo clima de tranquilidade que o país vive - a paz política, a paz institucional, a paz social e a paz nas ruas. Uma ou outra greve e manifestação, inerentes a qualquer democracia, não deixam de fazer com que esta asserção seja verdadeira.

A tragédia de Pedrógão Grande, que nos entristece e enlutece, mas que não nos vence nem abala a confiança, de que já falei - os portugueses reagem sempre bem ao infortúnio - explica-se mais por condições climatéricas extremamente adversas. O homem nunca consegue controlar o que à natureza compete. O problema dos incêndios de verão tem décadas em Portugal e há já quem os dê como uma fatalidade inevitável, citando casos como o da Califórnia e da Austrália. Não concordo que assim seja, mas também não se pode pedir a um Governo que tem só ano e meio, que resolva o que dura há muitos. Se o comportamento do Presidente Marcelo foi exemplar, o mesmo não se diga de Passos, ao afirmar que a avaliação política deve ser feita. Estará o líder do PSD a referir-se ao seu mandato e a vinte anos de Cavaco em que não se conseguiu solução para os fogos? Passos nunca diz coisas certas. Talvez por isso a sondagem da Aximage seja bastante cruel para ele. O último lugar é uma vergonha!

 

AUTOR

Simões Ilharco

DATA

21.06.2017

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024