1488

19 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

EDIÇÃO DIGITAL DIÁRIA DO ÓRGÃO OFICIAL INFORMATIVO DO PARTIDO SOCIALISTA

Entrevista na SIC
António Costa quer Contrato de Geração já em 2018

António Costa quer Contrato de Geração já em 2018

Um trabalhador com mais de 60 anos poderá reformar-se antecipadamente desde que seja criado um novo emprego para um jovem. A medida chama-se “contrato de geração” e foi avançada pelo primeiro-ministro, durante a entrevista que concedeu à SIC.

 

“Não há condições financeiras para que se aceitem antecipações [de reforma] sem qualquer tipo de penalização”, explicou António Costa, garantindo que as penalizações serão reduzidas “progressivamente”.

Depois, falou na medida de compensação que consta do atual Programa de Governo e que tem um impacto positivo ao nível do emprego jovem, dizendo que gostaria muito de a aplicar já em 2018.

Segundo o líder do Governo socialista, trata-se de uma medida que visa “combater o desemprego jovem e facilitar a transição de gerações nas empresas, sem haver a saída precipitada de trabalhadores com experiência acumulada".

Em matéria social, António Costa vincou igualmente que, a partir de 1 de agosto, tal como está previsto no Orçamento para este ano, haverá um aumento extraordinário das pensões.

Na entrevista conduzida pelo jornalista José Gomes Ferreira, o governante considerou que a atual contestação social na área da educação se deve a uma natural ansiedade de vários setores profissionais.

E sustentou estar em curso “um esforço muito grande para valorizar a carreira docente e um processo de integração de professores vinculados, ao mesmo tempo que se prepara para 2018 o descongelamento de carreiras na administração pública”.

“Não vejo nenhuma razão para que não haja um entendimento que poupe às famílias e aos estudantes de uma greve”, disse.

No caso do setor da saúde, o primeiro-ministro defendeu que o Executivo está a proceder a uma substituição de despesa, contratando médicos, enfermeiros e técnicos para os quadros do Serviço Nacional de Saúde, ao mesmo tempo que se diminuem as contratações externas.

Já no que respeita aos Contratos de Manutenção de Equilíbrio Contratual (CMEC) – muitas vezes caraterizados como "rendas excessivas" pagas pelos contribuintes nas suas faturas de eletricidade, o primeiro-ministro afirmou ser intenção do Governo proceder a uma "renegociação" no termos das suas concessões, baixando assim a fatura de eletricidade para os cidadãos e as empresas.

Capa Edição Papel
 
EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024