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24 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

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Violência no namoro
Estratégia nacional de combate abrange 15 mil jovens

Estratégia nacional de combate abrange 15 mil jovens

O Governo socialista alocou 650 mil euros à execução de sete projetos de combate à violência no namoro, dirigidos a mais de 15 mil jovens em todo o país e que entretanto já se estrearam no terreno.

 

Na apresentação de um estudo realizado pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) sobre este tema, no Porto, a secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino, frisou ser imperativo “ir mais longe” e “ter campanhas de divulgação que sejam impactantes, pensadas de jovens para jovens, que permitam combater este flagelo”.

Em paralelo, o Executivo liderado por António Costa lançou uma linha de financiamento para apoiar projetos de federações e associações de estudantes dedicados a esta área. Esta linha prevê atribuir a cada projeto candidato um máximo de 5 mil euros, no valor total de 50 mil euros.

A referida linha de financiamento insere-se numa campanha mais global lançada em setembro, intitulada “Mudar de Curso”, que teve como primeira fase a divulgação de um vídeo sobre violência no namoro nas festas promovidas pelas associações e federações académicas.

No âmbito desta mesma campanha, estão a ser espalhados cartazes com imagens e mensagens em todas as cidades do país que tenham universidades e politécnicos.

 

Estratégia para cidadania

Segundo destacou a secretária de Estado Catarina Marcelino, “o Governo está ainda a investir numa estratégia nacional para a cidadania, do pré-escolar ao 12.º ano, um projeto que será apresentado em breve, e que entrará nas salas de aula das escolas públicas no próximo ano letivo.

Frisando que “a grande aposta é na prevenção e na consciencialização para um combate eficaz à violência no namoro”, a governante apontou para as estatísticas “negras” nesta área.

O estudo apresentado pela UMAR revela, de resto, que um em cada quatro jovens considera normal ou aceitável um conjunto de comportamentos que se integram no padrão da violência de género e da violência doméstica.

“Temos de ter consciência que precisamos de prevenir, para que os jovens compreendam que não podem ter esses atos”, defendeu Catarina Marcelino.

A UMAR também apresentou, pela primeira vez, dados sobre violência através das redes sociais, com 11% dos inquiridos a revelar já ter sido atingido por esta forma de violência nos relacionamentos.

A este propósito, a secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade sublinhou que esta nova área merece preocupação, lembrando tratar-se de “atos de violência que ficam registados e se perpetuam no tempo”.

Recorde-se que, na lei portuguesa, a violência no namoro é crime, estando enquadrada no âmbito da violência doméstica.

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024