“O passo em frente na concretização da união da energia, dado pelo pacote legislativo apresentado pela Comissão Europeia em 30 de Novembro (Pacote de Inverno – Energia Limpa para todos), tem que dar também um impulso fundamental para salvar o próprio projeto europeu”, afirmou o eurodeputado socialista Carlos Zorrinho, na intervenção durante a sessão plenária de Estrasburgo de ontem, sobre o pacote energético designado “Energia limpa para todos”.
Depois de considerar que “é de agendas como esta que a União precisa”, pois elas permitem “liderar o desenho do futuro e apagar os fantasmas do passado”, Carlos Zorrinho sublinhou as metas “ambiciosas” da agenda: 50% da eletricidade consumida na UE será proveniente de fontes limpas e renováveis em 2030; a produção de eletricidade será livre de emissões de carbono em 2050; o investimento líquido suplementar de 177 mil milhões de euros por ano entre 2021 e 2030; 900 000 novos empregos serão criados no sector.
Porém, acentuou, “importa muito que estes números se concretizem mas não nos podemos deixar deslumbrar por eles”. Carlos Zorrinho propôs que se aproveite “esta oportunidade para modernizar o mercado, torná-lo mais transparente, eficiente e justo”.
Uma oportunidade para “melhorar as interconexões e a regulação, desenvolver processos de produção e criar redes ainda mais inteligentes, combater as assimetrias regionais, assegurar a competitividade da indústria e dos serviços e garantir o acesso universal à eletricidade, reduzindo a pobreza energética”, apontou o eurodeputado socialista.