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16 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

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CGD
Governo anterior escondeu e agravou problemas do sistema financeiro
AUTOR

Rui Solano de Almeida

DATA

13.12.2016

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Jorge Ferreira

Governo anterior escondeu e agravou problemas do sistema financeiro

O padrão que identifica e que melhor define o comportamento do anterior Governo do PSD/CDS foi esconder, antes das eleições, os problemas relacionados com o sistema financeiro português, sendo o caso da Caixa Geral de Depósitos (CGD) um dos exemplos mais emblemáticos, disse o deputado socialista, João Galamba, a propósito das sucessivas notícias que ultimamente têm vindo a público sobre o banco do Estado.

 

O deputado socialista lembra que só nos últimos quinze dias saíram duas notícias, que vieram confirmar, se dúvidas houvesse, sobre o que foi o comportamento e a postura do anterior Governo, face ao sistema financeiro. Notícias que, na opinião de João Galamba, vêm aliás confirmar o que há muito já se sabia, e que se juntam a muitas outras que entretanto têm vindo a público sobre o “padrão e o comportamento” do anterior Governo perante o sistema financeiro nacional e, em particular, em relação à CGD.

João Galamba lembra a recente denúncia do Tribunal de Contas que acusa, em primeiro lugar, as Finanças e o anterior Governo de “falta de controlo” na CGD entre 2013 e 2015, e de só ter “despachado relatórios” sobre o banco público a “15 dias das eleições legislativas”.

Segundo o deputado socialista, este comportamento vem confirmar a estratégia e o “padrão defendido pela anterior maioria de direita”, que tudo fez para “evitar que se reconhecesse publicamente o problema”, tentando assim “não perturbar o período pré-eleitoral”, não se importando com isso em “sacrificar o banco e o erário público”.

Para o porta-voz do PS, “esconder um problema”, não evita, seguramente, que ele fique menor, ou que mais tarde ou mais cedo não venha ao conhecimento público. Foi isto mesmo que se passou, segundo João Galamba, com os Pareceres da Inspeção-Geral das Finanças que mostravam um aumento das imparidades, uma informação que esteve sonegada da opinião pública durante seis meses, tendo os documentos apenas sido despachados pelas Finanças a duas semanas do sufrágio de 2015.

Perante todo o imbróglio deixado pelo anterior executivo de direita no sistema financeiro, e em particular na CGD, João Galamba, admitindo que “nem tudo foi até agora perfeito” no processo do banco público, lembra, contudo, que o atual Governo, liderado por António Costa, “tudo está a fazer” para resolver os problemas no sistema financeiro deixados pelo anterior Governo, que não só “não os resolveu, como até os agravou”.

AUTOR

Rui Solano de Almeida

DATA

13.12.2016

Capa Edição Papel
 
EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024