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24 Abr 2024

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Debate quinzenal
PSD e CDS continuam com vontade teimosa de reescrever a história
AUTOR

Catarina Correia

DATA

07.12.2016

FOTOGRAFIA

Jorge Ferreira

PSD e CDS continuam com vontade teimosa de reescrever a história

O deputado do PS Pedro Delgado Alves acusou hoje, durante o debate quinzenal no Parlamento com a presença do primeiro-ministro, os partidos da oposição de terem um discurso incoerente e de tentarem ocultar a desastrosa governação dos últimos quatro anos.

 

“Continuamos, do lado da oposição, a combinar os dois eixos a que infelizmente nos temos vindo a habituar. Por um lado, uma vontade teimosa de reescrever a história e fazer de conta que os últimos quatro anos não aconteceram, fazer de conta que não houve responsabilidades governativas algumas do PSD e do CDS e fazer de conta que o passado foi lá atrás e, para qualquer debate que tenhamos nesta câmara, ele não interessa. Combinando isto com o segundo eixo, em relação ao qual há uma incapacidade total de apresentar um discurso coerente e, mesmo na forma como criticam o Governo, serem incapazes de terem um rumo coerente, estável, que eventualmente pudesse evidenciar uma maior qualidade da oposição”, atacou.

Pedro Delgado Alves deu o exemplo da degradação dos serviços públicos no caso dos transportes: “Alguma vez é da responsabilidade do Executivo anterior o desinvestimento nos transportes coletivos? Alguma vez é responsabilidade da maioria anterior o não recrutamento de pessoal? Alguma vez é responsabilidade da maioria anterior o desinvestimento na bilhética?”, ironizou.

O deputado socialista criticou, também, a vontade de reforma das autarquias locais por parte da oposição, quando o “único legado reformador” que apresentou “foi a extinção de cerca de mil freguesias sem qualquer estudo, sem qualquer capacidade de verificar se há critério, vontade, recursos para desempenhar proximidade”.

Pedro Delgado Alves apontou, depois, os resultados positivos do PISA (Programme for International Student Assessment), que “são o elemento de satisfação para todos, porque confirmam tendências com vinte anos”. “Em primeiro lugar, uma melhoria consistente na Matemática, na Leitura e na Literacia Científica. Eu diria que aquilo que faltou hoje ao PSD e ao CDS foi competências de Matemática, Literacia e Leitura, porque se tivessem lido o relatório PISA com a atenção que ele merecia, tinham constatado que ele confirma a existência de um rumo claro nas políticas públicas de educação ao longo dos últimos anos, que mesmo a ação governativa anterior não foi capaz de travar”, defendeu.

O deputado do PS garantiu que, se tivessem lido os resultados do relatório, “verificavam que eles dão dados sobre a evolução a cada três anos e em cada três anos Portugal vai melhorando cerca de sete pontos em relação aos seus parceiros, tanto que, pela primeira vez, surge acima da média da OCDE. Mas nenhum dos resultados aqui evidenciados é resultado direto da ação governativa anterior”. Se alguma coisa o PISA desmente é que “não havia facilitismo, não havia laxismo na escola pública, antes pelo contrário, aquilo que existia consistentemente era melhoria de indicadores”, vincou.

Relativamente à Caixa Geral de Depósitos, Pedro Delgado Alves criticou “o esforço das oposições por dramatizar e por procurar criar problemas de forma irresponsável num momento em que, efetivamente, se está a consolidar a capacidade do banco público para dar respostas naqueles eixos que tão claramente têm sido identificados como prioritários: um banco 100% público, um banco com capital necessário para responder aos problemas e para ser um pilar do sistema financeiro, um banco que garanta poupança e um banco que dinamiza a economia”. “Tem o líder da oposição a mesma capacidade, com toda a clareza, de dizer nesta câmara sem qualquer hesitação que nunca lhe passou pela cabeça a privatização da Caixa Geral de Depósitos?”, desafiou.

AUTOR

Catarina Correia

DATA

07.12.2016

Capa Edição Papel
 
EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024