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24 Abr 2024

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Edite Estrela

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28.11.2016

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BONS RESULTADOS

Há um ano, António Costa tomou posse como primeiro-ministro de um governo PS, apoiado pela maioria parlamentar de esquerda saída das eleições de 4 de outubro. Poucos lhe auguraram longa vida. Muito poucos acreditaram que dobraria o cabo das tormentas do Orçamento do Estado para 2017. E ninguém previu que, decorrido um ano, a maioria dos portugueses iria considerar esta solução governativa “estável, positiva, legítima, credível e duradoura”.

 

Há um ano, António Costa, secretário-geral do PS, desafiou o BE e o PCP para construírem uma alternativa ao governo de direita. Firmou um acordo com toda a esquerda parlamentar. Conseguiu concretizar o que ninguém antes ousara.   Surpreendeu o país e a Europa e deixou a direita à beira de um ataque de nervos.  De tal modo que o então presidente da República, ignorando a nova maioria parlamentar e ao arrepio da própria Constituição, pretendeu prolongar o governo PSD/CDS até à tomada de posse do novo PR. 

Um ano depois, António Costa voltou a surpreender. Só mesmo ele teria a coragem de se submeter, e aos seus ministros, a uma inédita prova oral, respondendo em direto e ao vivo às perguntas formuladas por sessenta cidadãos representativos da sociedade portuguesa, selecionados pelo Instituto de Ciências Sociais. O governo passou no teste com distinção, a avaliar pelo aplauso final, mas foi um risco que nenhum outro PM antes dele quis correr. 

Um ano depois, os bons resultados são reconhecidos pela maioria dos portugueses. O general De Gaulle dizia que em política só os resultados contam, não as intenções. Pois bem, em apenas um ano, o governo do PS mostrou que que havia alternativa à política de austeridade seguida pelo anterior governo, cumprindo o prometido (devolvendo rendimentos e pensões), respeitando o acordado com os parceiros parlamentares e honrando os compromissos internacionais. Voltou a paz social e houve tranquilidade na abertura do ano letivo. Não houve orçamentos retificativos nem medidas inconstitucionais. Foram criados 140 mil novos postos de trabalho.  A economia começa a crescer e o desemprego a baixar. Foi antecipado o pagamento de dois mil milhões de euros ao FMI.

A Europa, que há um ano torcera o nariz à inusitada solução governativa, já aprovou a proposta de OE2017 sem qualquer exigência; reconheceu que Portugal deve sair do procedimento por défice excessivo legado pelo governo PSD/CDS; e decidiu cancelar qualquer proposta de suspensão de fundos estruturais e de investimento. 

Perante tais resultados, é natural que 55% dos portugueses reconheçam que a situação social e económica do país é agora melhor que há um ano. É isso que importa, que os portugueses vivam melhor, como disse o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, e confiem no futuro.

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Edite Estrela

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28.11.2016

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024