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19 Abr 2024

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Opinião

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Ana Catarina Mendes

DATA

30.09.2016

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O PS como ele é

Nada de novo. Os primeiros indícios do ano político revelam que nada mudou na direita, que continua a apostar no medo como forma de fazer política, mesmo que se contradiga de forma grosseira.

 

Atente-se que o Governo, que até há uns dias era acusado de “despesista” e “irrealista” por exagerar na dose ou no ritmo da devolução de rendimentos às famílias portuguesas é, agora, acusado – pela mesma direita que foi responsável pelo maior saque fiscal da história da Democracia portuguesa - de ser uma espécie de “salteador” da classe média. Até podia ter graça, não fosse revelador do estado de desorientação que grassa na direita e, em particular, no PSD. O pretexto para esta nova ofensiva, imagine-se (!), seria uma proposta (que ainda não existe, mas isso é apenas um pormenor para mentes mais criativas e impacientes) semelhante à que o seu líder– Passos Coelho, ele mesmo – defendeu no Congresso do PSD em 2014! No seu esforço para patético (não confundir com peripatético…) de “bolchevizar” o Partido Socialista, a direita esquece-se que o PS é o partido da classe média em Portugal, a quem o rótulo “radical” só é aplicável na defesa da Democracia e da Liberdade, como o demonstrou sempre que foi necessário. Expliquemos, a essa direita sem referências nem memória, quem é o PS:

O PS é democrata radical, no sentido em que entende que não há alternativas para a democracia. É um partido que cultiva a Liberdade, a autonomia, a descentralização, a iniciativa, a criatividade, a celebração da diversidade e da diferença.

O PS é um partido progressista, favorável à criação e à distribuição da riqueza, no quadro de uma economia de mercado.

O PS, cito a sua declaração de princípios, “ defende uma economia de bem-estar, aberta à pluralidade das iniciativas e das formas económicas privadas, públicas e sociais, e regulada pelo mercado e por instituições públicas adequadas”.

O PS, e volto a citar a sua declaração de princípios, “combate as desigualdades e discriminações fundadas em critérios de nascimento, sexo, orientação sexual, origem racial, fortuna, religião ou convicções, predisposição genética, ou quaisquer outras que não resultem da iniciativa e do mérito das pessoas, em condições de igualdade de direitos e oportunidades”.

O PS orgulha-se da sua História e tem no seu património político um papel singular e decisivo na defesa dos valores da Liberdade, da Democracia e na prossecução dos maiores avanços civilizacionais na sociedade portuguesa nos últimos 42 anos.

É este PS – um grande partido radicalmente democrático, progressista e plural – com que os portugueses podem contar. Sempre e em qualquer circunstância.

 

[Artigo publicado no “Jornal de Notícias” de 27 de setembro]

AUTOR

Ana Catarina Mendes

DATA

30.09.2016

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Janeiro 2024