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27 Mar 2024

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Saúde
SNS será mais forte com aposta em sinergias e partilha de recursos
AUTOR

Rui Solano de Almeida

DATA

28.06.2016

FOTOGRAFIA

JOrge Ferreira

SNS será mais forte com aposta em sinergias e partilha de recursos

O que faz falta ao Serviço Nacional de Saúde é sobretudo organização, gestão e partilha de recursos, em suma uma “ideia de união e não de divisão”, defendeu o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, em Coimbra.

 

O assunto foi defendido pelo ministro da Saúde, quando ontem se deslocou a Coimbra, para assinar 15 protocolos de cooperação entre o Centro Hospitalar e Universitário desta cidade do centro do país e entidades da região Centro, do Algarve e da região Autónoma da Madeira.

Para Adalberto Campos Fernandes trata-se de encontrar as sinergias que ajudem a melhorar em determinadas áreas as unidades com menores capacidades evitando o que tem sido a “linha de tendência” dos últimos anos, sendo este, segundo o governante, o caminho para um “Serviço Nacional de Saúde forte”.

Segundo o titular da pasta da Saúde, um SNS consolidado e forte é aquele que consegue encontrar os mecanismos de cooperação entre si, “deitando as paredes abaixo”, para que deixem de existir melhores e piores hospitais, para passarem só a existir “hospitais e realidades diferentes”.

 

Um exemplo a seguir

Afirmando ser a assinatura destes protocolos “um bom exemplo a seguir”, Adalberto Campos Fernandes disse acreditar que será através da “entreajuda” entre os diversos organismos ligados à saúde, que o trabalho das pessoas que trabalham nesta área “será compensado e respeitado”, para que daqui a um, dois anos, como referiu, o país possa dispor de um SNS diferente, “rejuvenescido e revigorado”, mais forte e mais capaz de “ser apreciado pelos cidadãos como o melhor serviço público que existe no país”.

Contudo, na opinião do ministro, há ainda um caminho a percorrer, sendo que, na sua perspetiva, os hospitais não podem continuar a gastar centenas de milhões de euros com recurso a atividades no exterior como hoje sucede, havendo a absoluta necessidade, como defendeu, que o próximo Orçamento do Estado, que será “mais exigente”, proceda a um conjunto de cortes “naquilo que são as prestações privadas ou adquiridas fora dos hospitais públicos”.

O ministro referiu também que tem de haver uma aposta forte nas parcerias entre empresas de base tecnológica e o SNS e uma rápida “implementação” do registo de saúde eletrónico para evitar, como salientou, a repetição e “redundância de exames” que, por falta de comunicação entre as unidades de saúde, “custa muito dinheiro ao país”.

AUTOR

Rui Solano de Almeida

DATA

28.06.2016

Capa Edição Papel
 
EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024