Se o Presidente da República optar por um Governo de gestão, estará a gerar condições para que se crie na economia do país um nível de “pesada incerteza”, com todas as consequências que de ai advêm.
O alerta foi lançado por Fernando Medina, em entrevista à TVI, ocasião em que explicou que esta opção sugerida pelo recente discurso de Aníbal Cavaco Silva teria “consequências imprevisíveis”.
Desde logo, apontou o dirigente socialista e presidente da Câmara de Lisboa, “os calendários vão arrastar-se. Teremos um Governo totalmente diminuído do ponto de vista das suas competências para tomar as decisões que se exigem (…) e estaremos a apresentar um Orçamento para 2016 quando, pelas nossas obrigações a nível europeu, já devíamos ter apresentado o exercício para 2017”.
“Ora, isto criará um nível de incerteza nos agentes económicos, nas nossas relações com os parceiros internacionais, que é de tal forma pesada, que me leva a concluir que Cavaco Silva, na posse de um acordo entre os três partidos, indigitará António Costa como primeiro-ministro”, rematou Fernando Medina.