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16 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

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Entrevista à Antena 1
O país pede que ponhamos fim à atual política
AUTOR

PS

DATA

18.09.2015

FOTOGRAFIA

rtp.pt

O país pede que ponhamos fim à atual política

O que está em jogo nestas eleições é saber quais são as condições de governabilidade de que o PS vai dispor, afirmou António Costa, acrescentando que o diálogo político e social de que o país precisa será “mais fácil havendo uma maioria”. Em entrevista à Antena 1, o líder socialista manifestou-se convicto na formação de uma dinâmica para que a vontade de mudança dos portugueses traduza essa maioria no dia 4 de outubro.

 

“As pessoas não suportam mais os atuais responsáveis” da coligação de direita, “porque sentiram que estes os traíram, que fracassaram nos seus objetivos e que as trataram com insensibilidade social e desprezo”, afirmou o líder socialista. “As pessoas querem mudar”, sublinhou.

António Costa rejeitou ainda qualquer possibilidade de acordo, num cenário pós-eleitoral, com os protagonistas da atual política, sublinhando que não faria sentido mudar de políticas e haver um entendimento com quem quer prosseguir o mesmo caminho. “É manifesto que a coligação de direita não tem condições de governabilidade porque não tem condições de entendimento com ninguém”, sustentou.

 

Passos Coelho criou cortina de fumo para esconder o seu programa

Na entrevista, conduzida por Maria Flor Pedroso e Susana Barros, o líder socialista voltou a recordar que o PS “foi o único partido que apresentou um programa escrito e com as contas feitas”, o que é inédito na vida política portuguesa, desmontando a “falsa polémica” em torno da questão da condição de recursos nas prestações não contributivas constante no programa do PS.

António Costa explicou que o que está em causa é um valor relativo de cerca de 250 milhões de euros – isto num universo orçamental de despesa corrente de 80 mil milhões de euros e de 5 mil e 700 milhões referentes a despesa com prestações não contributivas – que será possível acomodar no conjunto do orçamento, em sede de concertação social e valorizando a participação dos parceiros sociais.

Para o líder socialista, o que Passos Coelho pretendeu com esta polémica foi “criar uma cortina de fumo numa questão de pormenor para esconder o essencial que está em cima da mesa” nas propostas da coligação, desviando assim as atenções do compromisso assumido em Bruxelas pelo Governo “de cortar 600 milhões de euros por ano nas pensões” e da proposta de plafonamento da Segurança Social, através da qual a coligação se propõe “a cortar para sempre, privatizando-as, cerca de 6% das receitas” do sistema público.

Um verdadeiro programa escondido da direita que contrasta – sublinhou - com o contexto das propostas do PS, que garantem “a reposição das pensões, dos abonos de família e dos mínimos sociais cortados” pelo atual Governo, bem como com “a criação um complemento solidário para resolver a situação dramática de milhares de trabalhadores que têm um vencimento abaixo do limiar da pobreza”.

As propostas do PS são rigorosas, equilibradas e apresentam as contas feitas. “É esse equilíbrio que permitirá ao Governo do PS chegar ao final da legislatura com as metas orçamentais pretendidas”, sustentou o Secretário-geral do PS.

 

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024